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A dimensão pedagógica do projeto "(I)Mobilidade nas Américas e COVID-19"
A revolução digital e comunicacional que marca o século XXI teve impactos diretos na educação e na pesquisa social a nível global. Nesse contexto, as humanidades digitais na última década se consolidaram como um campo interdisciplinar inovador onde as disciplinas computacionais convergem com as humanidades e as ciências sociais humanísticas, particularmente história, geografia humana, sociologia e antropologia. As ferramentas digitais e recursos computacionais possibilitam a representação de achados de pesquisa em visualizações pedagógicas sugestivas, criando, por sua vez, cartografias multiescalares interativas ou arquivos digitais audiovisuais que enriquecem o processo de ensino em sala de aula e a divulgação de resultados de pesquisas sociais para públicos mais amplos. Além disso, devido à natureza digital dos projetos que surgem dentro das humanidades digitais, é possível garantir a democratização de seu acesso público via softwares livres e sua expansão permanente como efeito direto do trabalho conjunto de professores, estudantes, pesquisadores e instituições culturais. Assim, como parte da pedagogia das humanidades digitais, os estudantes não são apenas beneficiários passivos, mas construtores ativos de conhecimento [1][2][3].
Os diversos componentes que compõem o projeto de pesquisa social digital, transnacional e trilíngue (Imobilidade nas Américas e COVID-19) fazem dele uma contribuição direta para o campo das humanidades digitais latino-americanas. Seu arquivo digital sobre o impacto do COVID-19 nas populações em mobilidade em todo o continente é composto por folhas de informações para download que mostram como a tensão entre mobilidade e controle se transformou durante o ano da pandemia em vinte e um países das Américas; por 70 vozes de migrantes regionais e extra-continentais que compõem o Mapa Polifônico relatando como a emergência de saúde xs afetou e como elxs resistiram; por um mapa digital que mostra semanalmente a evolução da infecção e mortes por COVID-19 nas Américas; por vídeos das mais de 17 conversas virtuais onde acadêmicos e ativistas discutem os achados de pesquisa do projeto comparados regionalmente; por mais de dez artigos acadêmicos e de imprensa produzidos em torno do mesmo tema; e, por duas linhas do tempo que mostram as transformações da mobilidade e do controle durante o ano da pandemia no México e nas Américas, esta última a ser lançada no final de junho de 2021.
Além de ser um recurso investigativo para acesso e uso público, o projeto (I)Mobilidade tem tido uma dimensão pedagógica. Por um lado, o arquivo digital audiovisual tem sido utilizado como recurso didático em sala de aula em muitas universidades do continente e, por outro, o trabalho de pesquisa foi incorporado aos estudantes da Universidade Central do Equador, que concluíram seus estágios pré-profissionais com o projeto. Ambas as experiências mostram o poder que um projeto de humanidades digitais tem para ensinar sobre a complexa questão da migração transnacional nas Américas e para a formação de futuros pesquisadores neste campo de estudos.
O arquivo digital do (I)Mobilidade para o ensino
Durante o semestre de primavera de 2021, a antropóloga Ulla D. Berg e a geógrafa Soledad Álvarez Velasco ministraram o curso de bacharelado " COVID-19 e (I)Mobilidade nas Américas”. Foi um curso oferecido em conjunto entre o Departamento de Estudos Culturais Comparativos da Universidade de Houston e o Departamento de Estudos Latinos e Caribe da Rutgers University. A partir de uma abordagem interdisciplinar e transnacional, o curso analisou o impacto da pandemia sobre as (i)mobilidades de migrantes em todo o hemisfério, estudando temas como imigração e controle de fronteiras, direito ao refúgio e asilo, detenção e deportação, migração de retorno, migração de crianças latino-americanas e as lutas migrantes do continente, entre outros. Além disso, revisamos os processos de migração histórica e contemporânea que ocorrem nas Américas e como a pandemia os transformou.
Aproveitamos o ambiente virtual da sala de aula que a crise de saúde impôs ao mundo inteiro para propor a ambas as universidades um curso dessa natureza, que foi inovador não só pelo seu tema, mas pelo fato de que duas universidades localizadas em dois estados diferentes (Texas e Nova Jersey) nos Estados Unidos criaram um espaço de ensino virtual comum. Após superar algumas dificuldades práticas, como cronogramas e horários comuns, diferentes demandas acadêmicas e homogeneização de plataformas digitais para o ensino, o curso foi oferecido aos estudantes de graduação em antropologia, estudos latinx e artes liberais. Essa proposta pedagógica conjunta foi altamente positiva para os estudantes, pois graças à virtualidade eles puderam compartilhar sincronicamente em sala de aula com pares matriculados em diferentes universidades, residentes em diferentes cidades e com experiências muito variadas e origens migratórias, culturais e de vida. A alta diversidade etária, origem de classe, gênero e nacionalidades entre nossos estudantes estimulou debates altamente enriquecedores. Soma-se a isso o fato de que muitos de nossos estudantes eram migrantes que haviam chegado aos Estados Unidos em seus primeiros anos de vida ou como adolescentes, ou eram filhos de migrantes nascidos naquele país. Isso significava que o tema do curso não era apenas conhecido por elxs, mas que elxs tinham encarnado as complexidades da migração em suas próprias vidas. Assim, suas análises e contribuições para a discussão em sala de aula forneceram elementos de uma riqueza analítica e experiência inestimável e muito enriquecedora para todxs.
Um problema geral com o ensino de questões migratórias nos Estados Unidos é que a maioria das abordagens oferecidas estão fortemente focadas nos Estados Unidos como um país receptor para os imigrantes e não levam em conta as complexidades das regiões emissoras de migrantes ou mesmo as intervenções dos EUA na América Latina que contribuem para esses fluxos migratórios. O uso do arquivo digital do (I)Mobilidade permitiu que os estudantes expandissem sua compreensão da complexidade migratória para além dos Estados Unidos (o maior destino migratório do continente e do mundo) para o resto das Américas. Navegar pelo site e descobrir as informações de vinte e um países, trouxe discussões muito relevantes que nos permitiram verificar na condição de professores que, usando recursos regionais, é possível superar o nacionalismo metodológico frequentemente presente ao ensinar questões migratórias a partir de um contexto específico (neste caso os Estados Unidos). O arquivo digital não foi usado apenas por nós na preparação de nossas aulas, mas também para exercícios específicos durante as sessões de aula sincrônicas, porque em várias ocasiões xs alunxs faziam trabalhos de consulta em grupos, e para que elxs mesmxs nutrissem suas tarefas e projetos finais.
Como parte de nossa proposta pedagógica, convidamos diversxs pesquisadorxs que fazem parte da (In)Movilidades para explicar como a mobilidade e o controle se transformaram em vários países da região. Assim, exploramos o impacto da pandemia nas populações migrantes e nas políticas de gestão migratória no Caribe, Canadá, México, América Central, Brasil, Argentina e Equador. Também convidamos um dos ativistas migrantes, cujo testemunho faz parte do Mapa Polifônico, no intuito de que xs estudantes entendessem como tem sido a luta dos migrantes durante a pandemia. Essa diversidade de vozes e convidados foi altamente valorizada por nossos estudantes nutriram-se de perspectivas analíticas e de experiências muito diversas, além de aprender como xs pesquisadorxs usam diversos métodos de pesquisa e entender o que significa investigar e experimentar a migração em realidades tão diferentes em nosso continente.
Nossos estudantes também participaram de várias das Conversas que o (I)Mobilidade organizou durante o semestre. Essa experiência enriqueceu suas perspectivas sobre mobilidade e controle nas Américas, e de fato os inspirou para que seus projetos finais também fossem Conversas temáticas. Refletindo o espírito do projeto (I)Mobilidade, nossos estudantes também realizaram pesquisas coletivas sobre uma problemática em torno da mobilidade e controle em vários países das Américas escolhidos por ellxs; descobertas que foram compartilhadas publicamente sob um esquema de apresentação de painéis em duas grandes conversas no final do semestre. Essa experiência fez com que ellxs não só pesquisassem em grupo, mas que também fossem coautores de seus trabalhos finais, apresentando suas pesquisas; ou seja, vivenciaram as diversas dimensões do trabalho investigativo. Sem dúvida, a maior conquista do curso foi que eles adotaram uma visão regional comparativa que ampliou e complexificou sua capacidade analítica e consciência epistemológica, possibilitando-os o surgimento de novas questões investigativas. Essa conquista só foi possível graças ao poderoso recurso para o ensino das migrações transnacionais nas Américas, que é o arquivo digital do projeto (I)Mobilidade.
Estudantes participando do (I)Mobilidade
A incorporação em nosso projeto (I)Mobilidades de um grupo de estudantes de graduação em Sociologia da Universidade Central do Equador (UCE), no âmbito de suas práticas pré-profissionais como assistentes de pesquisa, foi uma proposta promovida pela socióloga María Mercedes Eguiguren, professora de graduação. Essa experiência formativa significou um espaço de ruptura da compartimentação de atividades e campos de trabalho acadêmico comum no ensino de graduação em países como o Equador. Por um lado, sociólogos em formação se juntaram às equipes nacionais (núcleos) que compõem o projeto, para apoiar a construção do arquivo digital por país; e em duas seções do site: 1 - a construção da Linha do Tempo e 2 - o Mapa Polifônico. Isso significava gerar instâncias de relação pedagógica que possibilitaram a colaboração mútua e a aprendizagem, como oficinas metodológicas para que os estudantes pudessem trabalhar nas seções do projeto. Por outro lado, essas práticas foram concebidas como uma oportunidade para a produção de conhecimento e reflexão dos estudantes, pois buscamos ir além de atribuir-lhes determinadas tarefas, como geralmente acontece com os "assistentes de pesquisa" na lógica estratificada da academia. Assim, a equipe central convidou o grupo de estudantes a organizar uma série de palestras baseadas em suas reflexões sobre mobilidade e controle durante a pandemia nos diferentes países investigados; bem como escrever textos acadêmicos ao final de seus estágios no projeto.
Em novembro de 2020 lançamos uma chamada aberta para estudantes do curso de Sociologia da UCE, para se candidatarem como assistentes de pesquisa. O edital buscou, por um lado, resolver a necessidade de apoio na coleta e processamento de dados do projeto; e, de outro, criar uma oportunidade de estágio para estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UCE. Delineamos um processo seletivo acadêmico para o qual doze candidatos se inscreveram e dos quais onze foram admitidos. Uma vez formado o grupo de trabalho, a partir de janeiro de 2021, atribuímos duas atividades principais aos estudantes: monitoramento da imprensa e fichamento desse material nos diferentes núcleos nacionais e apoio na Linha do Tempo e Mapeamento Polifônico. Nos núcleos, os assistentes de pesquisa da UCE criaram um repositório de informações que reuniu mais de mil notícias relevantes sobre a situação dos migrantes em todo o continente entre outubro de 2020 e abril de 2021. Essas vastas informações serviram de base para atualizações das fichas dos países que alimentam o arquivo digital do projeto.
Três estudantes foram integrados ao trabalho da Linha do Tempo. O objetivo desta seção do (I)Mobilidades, que será exibida no site no final de junho de 2021, é identificar os eventos mais marcantes em torno da tensão entre mobilidade e controle ocorridos de março de 2020 a março de 2021 no contexto da pandemia. Seu formato visual, a delimitação espaço-temporal e a organização cronológica permitirão identificar tendências e padrões no nível continental sem diluir ou invisibilizar as particularidades que surgiram em cada um dos países da região. A metodologia proposta para a construção do Cronograma recorreu às três principais categorias analíticas do (I)Mobilidades: 1- medidas estatais, 2- alertas da população migrante e, 3- respostas sociais. Esta seção está intimamente ligada ao trabalho de fichamento feito pelos núcleos nacionais a principal fonte de informação de cada país usada para a identificação de eventos e marcos.
Uma das ferramentas pedagógicas utilizadas para promover o trabalho colaborativo e o processo de aprendizagem dos estudantes foi a realização de oficinas metodológicas semanais. Nesses espaços foram socializados os objetivos do projeto, a relevância das categorias e/ou dimensões, as subcategorias de análise e geraram-se ricas discussões metodológicas para entender como e em que condições os eventos poderiam ser categorizados como tal. Além disso, foram realizadas oficinas práticas coletivas para a implementação do conhecimento adquirido.
Mais três estudantes foram ligados à seção do Mapa Polifônico. Primeiro, elas transcreveram e sistematizaram todos os depoimentos coletados pelxs pesquisadorxs do projeto por meio de redes digitais. Além disso, catalogaram os depoimentos à luz de várias situações que o (I)Mobilidades identificou nas Américas; situações que têm a ver com a exacerbação do risco à vida dos migrantes, suas lutas para resistir e o reforço do controle estatal durante a pandemia. Esse trabalho de escuta cuidadosa permitiu que elas conhecessem e se conscientizassem de realidades muito diversas, o que ao mesmo tempo despertou sua empatia, curiosidade investigativa. Elas também foram pesquisadoras no campo, pois também contribuíram com depoimentos que foram adicionados ao Mapa. A busca de novos materiais e o diálogo virtual com pessoas em situação de mobilidade fizeram com que elas refletissem sobre seu próprio lugar como produtoras de conhecimento, assim como os desafios éticos, políticos e metodológicos que isso significa. Seus trabalhos não só contribuíram com novas histórias, mas em breve permitirá que todos os depoimentos sejam consultados em espanhol, português e inglês, seguindo o espírito trilíngue do projeto.
Os estudantes que concluíram seus estágios também organizaram três discussões, "Conversando com estudantes sobre (I)Mobilidade e Covid-19 nas Américas", disponíveis no canal do projeto no YouTube. Graças a esses espaços de discussão virtuais pudemos conhecer suas reflexões e aprendizados durante seus estágios. A partir dessa experiência, os estudantes escreveram artigos que sintetizam seus aprendizados, descobertas e opiniões sobre os países que investigaram, todos diferentes de seus países de origem. Os textos também dão conta da abordagem desse grupo de estudantes à pesquisa especializada sobre migração nas Américas durante a pandemia, e os desafios e oportunidades que trouxe na pesquisa etnográfica digital, na formação de redes, bem como no ensino universitário nas ciências sociais. Seus artigos fazem parte do (Trans)Border Bulletin nº 7 do CLACSO Fronteiras: Mobilidades, Identidades e Comércios.
A potência de um projeto de humanidades digitais
Ambas as experiências com estudantes universitários do Sul e do Norte durante a pandemia nos deixam uma série de aprendizados e desafios. Uma das grandes questões que devem ser feitas àqueles que trabalham como professorxs e na pesquisa, é como integrar as duas dimensões, ensino e pesquisa, e quais lições podemos tirar da experiência da sala de aula virtual e da pesquisa virtual e coletiva para um tempo pós-pandemia. A incorporação dos estudantes ao projeto (I)Mobilidade nas Américas e COVID-19 tem rendido resultados que visam promover maiores espaços de colaboração que articulem as etapas de formação com as da pesquisa. Uma segunda questão é como gerar espaços pedagógicos dentro de nossa pesquisa. O fato dxs estudantes em sala de aula aprenderem com a experiência direta de outros pesquisadores é um processo educativo desde a práxis e uma transferência de conhecimento muito enriquecedora em seu processo de formação. Da mesma forma, aqueles que participaram dos estágios, receberam oficinas ministradas por pesquisadorxs do projeto, algo que contribuiu com metodologias de trabalho concretas para que os estudantes pudessem se integrar às equipes, e foram instâncias-chave para conectar a formação prévia dos estudantes, tanto teórica quanto metodológica, com os recursos metodológicos propostos pelo projeto, como a fichamento ou a coleta de depoimentos. Um terceiro ponto que nos deixa como aprendizado desta etapa do projeto, e que deve ser considerado no futuro no campo específico dos estudos migratórios, é a questão do pensamento comparativo e focado em processos transnacionais e hemisféricos que possibilita aos estudantes envolverem-se em pesquisas sobre migração, mantenham eles o interesse de pesquisa nessa linha ou não. Sem dúvida, a experiência de ensino a partir do arquivo digital nos fez ver que o uso de um recurso pedagógico com uma perspectiva regional é fundamental para superar o nacionalismo metodológico que limita a compreensão dos processos migratórios contemporâneos.
Perguntamos a nós mesmxs: como os sistemas de ensino superior estão formando os estudantes de nossos países, em termos da capacidade de olhar e entender os processos migratórios e seu impacto nas sociedades da região? O nacionalismo metodológico está presente na educação? Até que ponto preparamos os estudantes para gerar reflexões comparativas e entender processos que cruzam as fronteiras de seu país? Como podemos incluir uma visão crítica comparativa e regional da complexidade dos migrantes nas Américas em sua formação? E como os projetos de humanidades digitais podem ser úteis na formação de futuros pesquisadores em ciências sociais e, em particular, em questões migratórias? Estas são perguntas que surgiram e que compartilhamos aqui com vocês. Temos certeza de que o poder das humanidades digitais pode, sem dúvida, contribuir para a formação crítica e colaborativa de estudantes e futuros pesquisadores nas Américas.
Soledad Álvarez Velasco é pesquisadora de pós-doutorado no Departamento de Estudos Culturais Comparados da Universidade de Houston e co-coordenadora geral do projeto de pesquisa regional "(In) Mobilidade nas Américas e COVID-19". É doutora em geografia humana pela King's College de Londres. A sua pesquisa se centra na migração indocumentada no trânsito global sul-norte e na formação de corredores migratórios através das Américas. Publicou em revistas indexadas como Migration and Society, ANNALS of the American Academy of Political and Social Science, Journal of Latin American Geography, Sociologías, Estudios Sociológicos y EntreDiversidades. É autora de Frontera sur chiapaneca: el muro humano de la violencia. Uma análise da norma de violência contra migrantes indocumentos em trânsito (UIA, CIESAS, 2016).
Ulla D. Berg é antropóloga e professora associada nos Departamentos de Antropologia e Estudos Latino e Caribenhos da Rutgers University, EUA, onde também dirige o Centro de Estudos Latino-Americanos. É co-coordenadora geral do projeto de pesquisa regional "(In) Mobilidade nas Américas e COVID-19". É autora do livro "Sujetos Móviles: Raza, Migración y Pertenencia en el Perú y los Estados Unidos" (Instituto de Estudios Peruanos, 2016) e co-editora, com Robyn Rodríguez, da antologia "Transnational Citizenship Across the Americas" (Routledge, 2014) e com Karsten Paerregaard do livro "El Quinto Suyo: Transnacionalidad y Formaciones Diaspóricas en la Migración Peruana" (Instituto de Estudios Peruanos, 2005). Também publicou sobre migrações latino-americanas e andinas e sobre a detenção e deportação de migrantes em revistas indexadas como Journal of Ethnic and Migration Studies, Journal of Migration and Human Security, Latin American Perspectives, Latino Studies, Current Anthropology, Cultural Anthropology, Identities, Etnografías Contemporáneas, Iconos, entre outras.
María Mercedes Eguiguren é professora associada da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Central do Equador e diretora do curso de Sociologia. Professora visitante da FLACSO Equador. A sua pesquisa enfoca nas relações entre mobilidade, desigualdades socioespaciais e na experiência subjetiva da migração, bem como nas relações entre a política de migração e os regimes de poder globais.
Os artigos publicados na série Mobilidade Humana e Coronavírus não traduzem necessariamente a opinião do Museu da Imigração do Estado de São Paulo. A disponibilização de textos autorais faz parte do nosso comprometimento com a abertura ao debate e a construção de diálogos referentes ao fenômeno migratório na contemporaneidade.
Referências bibliográficas
[1] W. McCarty (Ed.) (2010). "Text and Genre in Reconstruction: Effects of Digitalization on Ideas, Behaviours, Products and Institutions". Cambridge: Open Book Publishers (p. 183-202). http://books.openedition.org/obp/630.
[2] Universidade Duke (2021). "Digital Humanities @ Duke University". https://guides.library.duke.edu/digital_humanities.
[3] Hirsch, B (2021). "Pedagogia de Humanidades Digitais: Práticas, Princípios e Políticas". Reino Unido: Cambridge, Open Book Publishers, 2012, https://doi.org/10.11647/OBP.0024.
Crédito foto da chamada: bantersnaps via Unsplash. | Conta com tarja preta, no canto inferior esquerdo, escrito Ocupação "I (MOBILIDADE) NAS AMÉRICAS" em branco.
A ocupação "(I) Mobilidade nas Américas" é uma iniciativa que surgiu da parceria entre Museu da Imigração e o projeto de pesquisa regional "(In) Mobilidade nas Américas e COVID-19" para divulgação de artigos inéditos, escritos especialmente para esse espaço. O site do projeto de pesquisa, com todos os textos e materiais multimídia, pode ser consultado neste link. Dando continuidade à proposta desenvolvida na série "Mobilidade Humana e Coronavírus", seguiremos debatendo e refletindo sobre os impactos da pandemia para as migrações e demais mobilidades.