Todo ato de migrar é também uma celebração à vida. Procurar novas condições de sobrevivência exige coragem, força, mudança de hábitos, senso coletivo e superação, mas traz descobertas, recomeços e valorização das origens. Assim como uma ação inerente aos seres humanos, a migração faz parte da vida de centenas de espécies de pássaros em todo o mundo. Diversos são os fatores que levam esses animais a deixarem seus habitats naturais, como alimentação, questões climáticas, procriação, entre outros. Esse fenômeno requer um grande preparo das aves para permitir o deslocamento de milhares de quilômetros, mantendo-se voando na maior parte do tempo do trajeto.

A revoada de pássaros traz um sentimento de encantamento porque, talvez, nos faça lembrar de uma natureza da qual fazemos parte. Nesse sentido, o Museu da Imigração convidou ceramistas de todo o Brasil e da América Latina para participarem da ação colaborativa Avoar, que integra a programação da 15ª Primavera dos Museus e é uma parceria com a Cerâmica Contemporânea Brasileira (CCBRas), a Sou Cerâmica e a artista Hideko Honma.

Como resultado do projeto – que teve seu edital lançado em maio de 2021 -, reunimos as 339 produções dos ceramistas em uma ocupação no jardim do Museu, com o objetivo levar mensagens positivas e de amparo emocional para o público da instituição. Sendo assim, cada ave de cerâmica, feita especialmente para o projeto, inclui uma mensagem gravada pelo artesão e será doada aos visitantes. Diante de todos os acontecimentos atuais, o MI e os parceiros dessa ação colaborativa firmam os anseios de uma vida melhor a todos e desejam que a esperança, símbolo maior dos pássaros, esteja cada vez mais presente em nossa jornada.

A instalação ficará em cartaz até os dias 16 e 17 de outubro, período em que os visitantes poderão levar as aves para casa em troca de 1kg de alimento não perecível, que serão doados a instituições de caridade.

Em breve, lançaremos o catálogo digital das peças.