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A paixão italiana pelo café espresso é o tema de uma nova exposição que aborda a evolução do design e da tecnologia dos artefatos de café, relacionando os itens à imigração italiana para o Brasil. Organizada pela IMF Foundation e EP Studio, com realização do Consulado Geral da Itália em São Paulo, do Museu do Café e do Museu da Imigração – instituições da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo – além de patrocínio da illycaffè, do próprio Consulado e da Cooxupé - Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé, Passione italiana: l'arte dell'espresso reúne 60 máquinas para uso doméstico e profissional, além de conjuntos de café e xícaras.

Fechando o período que celebra os 150 anos de imigração italiana no Brasill, a exposição tem curadoria de Elisabetta Pisu e se desenvolve em dois núcleos que constroem uma narrativa rica em detalhes sobre a trajetória do grão. Um roteiro histórico apresenta inovações ligadas às máquinas e aos hábitos de consumo do café, transformados pela engenhosidade de pessoas e empresas que, com incessante pesquisa, atuaram para elevar a qualidade da bebida, melhorar seu sabor e aroma e otimizar a produção.

Além dessa perspectiva, a exposição traz insights sobre o significado social de uma das bebidas mais consumidas no mundo por meio dos lugares, rituais domésticos e designers que influenciaram os costumes e o imaginário coletivo, como as cafeterias históricas na Itália; o estilo de vida italiano; a evolução estética da panela moka; a cafeteira napolitana e Riccardo Dalisi; o projeto de Aldo Rossi unindo arquitetura e paisagismo doméstico; o ritual do café em casa e o conjunto Tea & Coffee Piazza and Towers, da marca Alessi.

Outro ponto destacado é o desenvolvimento tecnológico do setor com históricas máquinas de café, provenientes do acervo do MUMAC - Museo della Macchina per Caffè di Cimbali Group. Entre os modelos, o Snider Insuperabile, um exemplo de máquina de coluna de vapor produzida em 1920 e a Gaggia Tipo Spagna, invenção revolucionária que permitia uma camada cremosa no topo da bebida.

Passione italiana: l'arte dell'espresso ganha ainda mais relevância por sua conexão com a imigração italiana para o Brasil, um dos fatores responsáveis pela grande popularização da bebida no país. Hoje, a Itália ocupa a terceira posição na importação de café brasileiro, o que significa que o grão proveniente do Brasil é a base da maioria dos blends de espresso preparados diariamente por mais de mil torrefadores italianos.

“O desenvolvimento da cafeicultura brasileira está intimamente associado ao fenômeno da migração italiana para o Brasil”, explica Domenico Fornara, cônsul-geral da Itália em São Paulo. “Um milhão e meio de italianos desembarcaram em território brasileiro a partir de 1870 e passaram a trabalhar principalmente nas empresas dos produtores de café. Foi graças à contribuição inestimável da mão de obra italiana que o café, símbolo nacional tipicamente italiano, se tornou um elemento de ligação permanente entre dois povos e duas culturas”, finaliza.

Fotografia de capa: Studiolopes | Museu da Imigração

Fotografias 1, 2 e 3: Studiolopes | Museu da Imigração

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