Blog
Share
Documentando e preservando o patrimônio das migrações sírio-libanesas na São Paulo do início do século XX: as doações da família Abu-Jamra para o Museu da Imigração [1]
Mayara Ferreira Aranha - Analista em Biblioteconomia Pleno
Alguns dos itens de maior importância da Coleção Bibliográfica do Museu da Imigração consistem em 44 volumes encadernados do al-Afkar (em português, Os Pensamentos), jornal editado e publicado pela comunidade sírio-libanesa em São Paulo entre 1903-1943. O conjunto de impressos pertencia a Said Abu-Jamra, proprietário e redator-chefe do jornal. Os itens chegaram até o museu através de doações realizadas por Iara Ferreira Jamra, sua neta, para compor o acervo da instituição. Tendo isso em vista, este artigo tem como objetivo apresentar partes do acervo doado pela família Abu-Jamra para o museu, assim como fazer uma breve contextualização da trajetória do proprietário e redator-chefe do al-Afkar e da doação dos itens à instituição.
Nascido em 21 de abril de 1871 (Kfeir, Líbano), Said Abu-Jamra migrou para o Brasil e aqui chegou em maio de 1899, fixando-se em São Paulo[2]. No início morou na Rua Florêncio de Abreu (Centro), mudando-se posteriormente para a Rua Afonso Celso (Vila Mariana)[3]. Said se casou em 1899 com Afife Abu-Jamra, sua prima. Ela era professora de inglês no Líbano[4] e tiveram cinco filhos: Sofia, Nicolau, Jorge (pai de Ede Abu Jamra), Abrão e Michel (pai de Iara Jamra)[5].
Said Abu-Jamra foi um dos poucos migrantes de origem árabe que chegaram ao Brasil com estudos universitários completos, tendo se formado em Letras pelo Colégio Protestante Sírio (1887) e em Medicina pela Escola de Medicina Marion Sims (St. Louis, Missouri, Estados Unidos), graduando-se em 1899[6]. Apesar de seu diploma de Medicina nunca ter sido reconhecido no Brasil, mágoa que carregou por toda a vida[7], Said Abu-Jamra atuava como médico da comunidade sírio-libanesa em seu consultório em São Paulo, fornecendo ainda aconselhamentos e orientações sobre a adaptação da vida ao Brasil e à capital paulista[8].
Ele também teve uma longeva e ativa carreira jornalística que, segundo Ede Abu Jamra, sua neta mais velha, esteve relacionada a um sentimento de que tinha o dever de informar seus conterrâneos da comunidade árabe de São Paulo sobre os acontecimentos mundiais[9]. A urgência em noticiar informações importantes e seu envolvimento com o movimento nacionalista sírio, este responsável por mantê-lo em contato frequente com intelectuais e ativistas políticos de sua terra natal[10], foram as principais motivações para fundar, editar e publicar por 40 anos o periódico al-Afkar (1903-1943) na cidade de São Paulo. Said atuou intensamente no que se convencionou chamar de “jornalismo étnico-militante”[11], no qual os redatores buscavam acompanhar o desenvolvimento da política em suas terras de origem e posicionar-se em relação a ele[12].
O jornal foi recebido com entusiasmo, sendo “[...] um grito pró-liberdade dos povos em geral e pró-independência dos povos árabes, em particular”[13], sendo também bem recebido em Beirute, Damasco e no Cairo[14]. Em 1926, apesar de residir em São Paulo, Said Abu-Jamra foi eleito membro da Academia de Letras de Damasco como “[...] primeira homenagem pública pelo reconhecimento dos serviços que prestou aos governos nacionalistas sírio e libanês”[15], sendo bastante conhecido como jornalista e intelectual devido à sua militância[16]. Said ainda foi o fundador e primeiro presidente da Associação dos Ex-Alunos da Universidade Americana de Beirute, promovendo reuniões, colóquios e conferências ao longo de muitos anos[17].
Com o tempo, suas atividades profissionais na área da Medicina diminuíram, ao passo que as atividades como jornalista cresceram, sendo que a publicação regular do jornal al-Afkar durante quatro décadas foi mantida com sacrifícios pessoais[18]. No entanto, ele teve apoio da comunidade migrante sírio-libanesa espalhada por todo o Brasil, levando-lhes, por um lado, “[...] mensagens de ânimo e fé no futuro e, de outro, informações úteis sobre as leis do Brasil, orientações e regulamentações governamentais, tendências e decisões das autoridades dos vários Estados do Brasil e da União”[19].
Seu trabalho como jornalista também foi reconhecido no Brasil. Said Abu-Jamra foi membro da Associação Paulista de Imprensa, tendo recebido Diploma de Mérito em 1938 “[...] pelos serviços prestados à imprensa paulistana por 36 anos consecutivos, tanto através do jornal por ele dirigido e publicado, o al-Afkar, como pela colaboração em periódicos de São Paulo, especialmente o Correio Paulistano”[20]. Faleceu aos 83 anos em 05 de agosto de 1954 em São Paulo[21].
O Museu da Imigração documenta e preserva parte relevante da atuação de Said Abu-Jamra como jornalista em São Paulo através de itens doados por sua família à instituição, como documentos pessoais e exemplares encadernados dos fascículos do al-Afkar que pertenceram a ele. Ao total, foram quatro doações. A primeira delas foi formalizada em 22/06/2010, quando Iara Jamra, sua neta, doou 41 volumes encadernados do al-Afkar que pertenceram à Said Abu-Jamra para compor o acervo do Memorial do Imigrante[22]. Segundo a doadora, os jornais estavam todos com ela na casa de seus pais no bairro da Sumaré, em São Paulo, onde Said Abu-Jamra, seu avô, morou nos quatro últimos anos de vida[23]. Os encadernados abrangem os seguintes anos do jornal: 1904 a 1922, 1924 a 1938 e 1940[24].
Durante o ano de 2023 realizamos o inventário dos 41 volumes da primeira doação, assim como a inserção de seus metadados no catálogo online da Coleção Bibliográfica da instituição (BNWeb)[25]. De modo geral, cada volume consiste em uma encadernação em capa dura dos fascículos publicados em um mesmo ano. Os 41 volumes possuem 2.971 fascículos, totalizando aproximadamente 47.535 páginas[26]. Um ponto interessante que pudemos observar durante o trabalho de inventário foi a alteração na frequência da publicação do jornal e nas variações de seus títulos, que se transformaram pelo menos sete vezes:
1. al-Afkar: orgão syrio semanal
2. al-Afkar: orgão syrio bi-semanal
3. al-Afkar: jornal bi-semanal
4. al-Afkar: jornal scientifico, hygienista, literario, noticioso, bi-semanal
5. al-Afkar: jornal arabe independente bi-semanal
6. al-Afkar: jornal syrio independente bi-semanal
7. al-Afkar: jornal syrio independente semanal
Abaixo apresentamos uma fotografia de um dos volumes do al-Afkar da primeira doação de Iara Jamra contendo correções textuais e anotações em árabe.
Nos volumes da primeira doação também é possível identificar propagandas da “Typographia do al-Afkar”, que funcionava na Rua Florêncio de Abreu, no centro de São Paulo. Os fascículos possuíam diversas propagandas em árabe e em português e, pelo que pudemos observar, em sua maioria tratava-se de anúncios de estabelecimentos comerciais ou de serviços prestados por membros da comunidade árabe em São Paulo.
É interessante notar como Said Abu-Jamra não foi o único membro de sua família diretamente envolvido na publicação do jornal. A partir das publicações de 1935, o nome de Abrão S. Abu-Jamra, quarto filho de Said e Afife, consta como diretor do al-Afkar, enquanto o nome de Said Abu-Jamra consta como redator. Isso difere das publicações entre 1904 a 1934, nas quais Said era referido como proprietário e redator-chefe.
Treze anos após a formalização da primeira doação do grande volume de jornais encadernados, Iara Jamra realizou mais três doações ao Museu da Imigração. A segunda doação ocorreu em 30/05/2023, quando ofereceu três encadernados do al-Afkar de anos até então faltantes em nossa coleção: 1923, 1939 e 1941. Após essa doação, hoje o conjunto de jornais totaliza 44 volumes, que consistem na coleção quase completa do mesmo, englobando os fascículos publicados entre os anos 1904-1941. Possuímos alguns números em duplicata, mas a maioria se configura como volume único.
A terceira doação de Iara Jamra ocorreu pouco menos de um mês depois, em 20/06/2023, quando recebemos alguns documentos pertencentes a Said Abu-Jamra, tais como o livro de assinantes do al-Afkar, um recibo do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio ao al-Afkar, uma fotografia em família, além de um diploma de mérito da Associação Paulista de Imprensa dedicado ao jornalista. A fotografia em família pode ser vista abaixo.
Um dos documentos de grande destaque desta doação é o livro de assinantes do al-Afkar[27], que consiste em um caderno de capa dura manuscrito em português e em árabe e com folhas numeradas. As folhas contêm nomes de diversas cidades do Brasil por ordem alfabética, indicando os nomes completos de seus assinantes e seus respectivos endereços ou caixas postais. O livro se inicia por “São Paulo - Capital”, passando para “Rio de Janeiro - Capital” e “Rio de Janeiro - Subúrbio”, provavelmente por serem as regiões com o maior número de assinantes do jornal. Depois disso se iniciam os nomes das cidades brasileiras a partir da letra “a”, sendo a primeira a cidade de Alegre, no Estado do Espírito Santo. Ao final do livro consta o título “Exterior”, onde são apresentados nomes e endereços de assinantes residentes fora do país, como na Argentina, Peru, Bolívia, Estados Unidos, Chile, Egito, Canadá, Suíça e México. Esse objeto é uma rica fonte documental de pesquisa. Por meio do seu estudo seria possível, por exemplo, mapear parte da comunidade árabe residente no Brasil e no exterior no período de publicação do jornal (1903-1943), assim como rastrear as redes de circulação do periódico. Abaixo apresentamos a digitalização da primeira página que contempla a cidade de São Paulo no livro de assinantes do al-Afkar.
Outro documento relevante citado no livro “Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria” de Carlos da Silva Lacaz (1982), utilizado como bibliografia para a redação deste artigo, foi doado por Iara Jamra ao museu. Ele consiste no Diploma de Mérito concedido pela Associação Paulista de Imprensa a Said Abu-Jamra em 1938, cuja digitalização encontra-se abaixo.
A quarta doação da neta de Said Abu-Jamra ocorreu em 19/07/2023, na qual recebemos três retratos de seu avô, além de uma fotografia do mesmo ao lado de 27 pessoas da comunidade, um convite do Automóvel Clube de São Paulo para a “Homenagem ao Doutor Said Abu-Jamra” (30/03/1950), além de sua carteira de sócio da Associação Paulista de Imprensa. Este documento foi expedido em 03/01/1939 e nele constam algumas informações interessantes sobre Said, como sua nacionalidade e o jornal onde trabalha: o jornalista aparece como brasileiro naturalizado que trabalha como “redactor-chefe do al-Afkar” em São Paulo, atribuição idêntica à que aparece impressa nos fascículos do jornal que possuímos no museu. A fotografia da carteira de trabalho segue abaixo.
Do ponto de vista do nosso trabalho na área de Biblioteconomia, podemos dizer que o trabalho com o jornal al-Afkar foi desafiador tendo em vista o grande volume de fascículos do periódico em nosso acervo. Para além disso, como não dominamos o árabe, idioma no qual está majoritariamente escrito, pudemos inserir poucas informações em nosso catálogo. As informações foram extraídas principalmente das últimas folhas de cada fascículo, em que há cabeçalhos em português. Deles extraímos os seguintes dados: título, volume, ano de publicação, ano do jornal, autoria e descrição física (exceto dimensões, que estão por serem tiradas). Ademais, descrevemos todos os volumes que possuímos na coleção no campo de “Notas” e, no campo “Conteúdo”, indicamos a quantidade de fascículos daquele volume em específico, o número e as suas datas de publicação, assim como a ordem de encadernação em que aparecem. A indexação foi genérica e padronizada para todos os volumes, sendo necessário que haja parcerias com pesquisadores e com a comunidade falante de árabe de São Paulo e do Brasil para destrinchar os assuntos abordados em cada fascículo do jornal[28]. Também seriam interessantes parcerias visando o trabalho de conservação, digitalização e tradução dos itens.
Tivemos a oportunidade de compartilhar o trabalho do Centro de Preservação, Pesquisa e Referência do Museu da Imigração com os membros da família Abu-Jamra em evento comemorativo ao Dia Nacional da Comunidade Árabe, promovido pela instituição no dia 23/03/2024. Foi um grande prazer para nós receber Iara Jamra e Ede Abu Jamra, netas de Said Abu-Jamra, assim como seus familiares na Reserva Técnica do museu. Abaixo segue um dos registros do evento.
A partir de nosso contato diário com a documentação apresentada, cabe registrar aqui nosso carinho para com a coleção. Pensando-a dentro do conjunto do acervo do Museu da Imigração, ela pode ser considerada um relevante testemunho que contribui para a compreensão de diferentes experiências migratórias na cidade de São Paulo. Acreditamos fortemente em sua potencialidade de conectar migrantes da comunidade árabe que já passaram pela cidade com a população migrante que aqui reside neste momento. Afinal, sabe-se que o jornal trata de assuntos latentes de interesse da comunidade árabe e de seus descendentes de São Paulo, do Brasil e de todo o mundo até os dias atuais.
Referências e notas
[1] Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas com as quais realizei trocas de informações e experiências durante o trabalho com o acervo em questão, fundamentais para a elaboração deste artigo: Iara Ferreira Jamra, Ede Abu Jamra, Diogo Bercito, Rawa Alsagheer, Eloisa Galvão, Luciane Santesso, Gabriela Gentil e Evelize Moreira. Agradeço também a Felipe Perissato pela revisão textual.
[2] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 72.
[3] Informação fornecida oralmente por Ede Abu Jamra durante evento comemorativo ao Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024).
[4] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 72.
[5] Informação fornecida oralmente por Ede Abu Jamra e Iara Jamra durante evento comemorativo ao Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024).
[6] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 72.
[7] Informação fornecida oralmente por Ede Abu Jamra durante evento comemorativo do Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024).
[8] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 72.
[9] Informação fornecida oralmente por Ede Abu Jamra durante evento comemorativo do Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024).
[10] TRUZZI, O. M. S. Patrícios: sírios e libaneses em São Paulo. 2. ed. ampl. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 162. / SOUZA, M. C. de. A imprensa imigrante: trajetória da imprensa das comunidades imigrantes em São Paulo. São Paulo: Memorial do Imigrante: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. p. 103.
[11] SOUZA, M. C. de. A imprensa imigrante: trajetória da imprensa das comunidades imigrantes em São Paulo. São Paulo: Memorial do Imigrante: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. p. 103.
[12] SOUZA, M. C. de. A imprensa imigrante: trajetória da imprensa das comunidades imigrantes em São Paulo. São Paulo: Memorial do Imigrante: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2010. p. 105.
[13] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 73.
[14] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 73-74.
[15] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 74.
[16] TRUZZI, O. M. S. Patrícios: sírios e libaneses em São Paulo. 2. ed. ampl. São Paulo: Editora UNESP, 2009. p. 162.
[17] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 75.
[18] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 73-74.
[19] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 73.
[20] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 75.
[21] LACAZ, C. da S. Médicos sírios e libaneses do passado: trajetória em busca de uma nova pátria. São Paulo: Almed, 1982. p. 75.
[22] Segundo informações fornecidas oralmente pela doadora durante evento comemorativo do Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024), acredita-se que os itens tenham sido doados em período anterior àquele formalizado em documentos.
[23] Informação fornecida oralmente por Iara Jamra durante evento comemorativo ao Dia Nacional da Comunidade Árabe (Museu da Imigração, 23/03/2024).
[24] Em 31/12/2010 foi realizado o registro patrimonial deste conjunto de volumes pela Unidade de Preservação do Patrimônio Museológico (UPPM), fazendo com que ele fosse incorporado ao acervo da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo (SEC).
[25] Os itens podem ser consultados no seguinte link: https://museudaimigracao.bnweb.org/bnportal/pt-BR/search?exp=al-Afkar. Acesso em: 27 mar. 2024.
[26] ARANHA, M. F. Relatório de atividades - 2º quadrimestre/2023 (Biblioteca do Museu da Imigração do Estado de São Paulo). São Paulo: Museu da Imigração do Estado de São Paulo, 2023. / O cálculo foi elaborado levando em conta que cada fascículo possui aproximadamente 16 páginas.
[27] O documento foi identificado como tal em 2023 pelo pesquisador Diogo Bercito.
[28] Para a indexação dos volumes da coleção no catálogo do BNWeb utilizamos os seguintes termos preexistentes: Sírios - São Paulo (Estado), Libaneses - São Paulo (SP), Libaneses - Brasil, Migrações em São Paulo (SP), Migrações internacionais, Imprensa Imigrante - São Paulo (Estado).
[29] Disponível em: https://www.flickr.com/photos/museudaimigracao/53609291067/. Acesso em: 28 mar. 2024.