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Integrando a programação de despedida da Exposição de Longa Duração do Museu da Imigração, que estará temporariamente fechada para uma grande reformulação, o Coordernador de Pesquisa, Thiago Haruo, recebe os artistas Adriane Kariú, Daniel Jablonski e Paulo Chavonga, para um bate-papo a cerca de seus processos criativos e contextuais das obras que integrarão a Nova Exposição de Longa Duração, prevista para inaugurar em maio de 2025, celebrando a riqueza cultural e as histórias que transformam nossa sociedade.

Thiago Haruo | É Antropólogo e Coordenador de Pesquisa no Museu da Imigração do Estado de São Paulo. Desde o âmbito pessoal, cresceu no Japão e realizou sua formação em outros países como Brasil, Espanha, Irlanda do Norte e Argentina Tem experiencia em pesquisa etnográfica e documental, docência e gestão no âmbito da cultura. Graduou-se em Relações Internacionais pela Universidade de São Paulo (USP), é mestre em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP) e atualmente cursa o doutorado, também em Antropologia Social, em um convênio estabelecido entre Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e a Universidad Nacional de San Martín (UNSAM), Argentina. Trabalha com o tema da produção cultural, consumo, antropologia urbana e migrações internacionais desde o início de sua carreira, desenvolvendo um conjunto de saberes sobre as culturas populares na América Latina. 

Adriane Kariú | Artista indígena, Kariú-Kariri, com raízes cearenses e natural de Gama (DF). Formada em Design de Moda pelo Instituto de Ensino Superior de Brasília - IESB e atualmente cursando Artes Plásticas pela UnB. Na sua investigação artística, Kariú tensiona questões relacionadas à metafísica, à maternidade, à ancestralidade, à identidade e à decolonialidade através da observação, do registro, da memória, da experimentação, da recolha de imagens e do deslocamento de sentido, mergulhando em temas que atravessam o sagrado e o consciente/inconsciente. Trabalha com pintura, arte digital, desenho, fotografia, colagem, gravura, animação e escultura como suas linguagens. É tatuadora desde 2017 e integra o Coletivo de Arte Indígena Tamain. Foi selecionado Programa de Residência Artística | 2023/2024 promovido pelo Museu da Imigração, para compor a Nova Exposição de Longa Duração.

Daniel Jablonski | É artista visual, professor e pesquisador. Vive e trabalha entre o Brasil e a França, e está desenvolvendo um doutorado em artes na École nationale supérieure d’arts de Paris-Cergy & CY Cergy Paris Université (FRA). Conjugando teoria e prática, ele aplica métodos de pesquisa acadêmica à sua própria vida cotidiana, de modo a produzir obras de arte que possam funcionar como verdadeiros estudos de caso. Seus projetos já foram exibidos em exposições individuais e coletivas na América Latina e no exterior, nomeadamente no Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, BRA), na Fundación ArtNexus (Bogotá, COL) e na Fondazione Antonio Ratti (Como, ITA). Seus escritos, incluindo entrevistas, traduções e ensaios, podem ser encontrados em revistas de arte e literatura, tais como Serrote (São Paulo, BRA) e Octopus Notes (Paris, FRA), bem como em publicações independentes e revistas acadêmicas, tais como Concinnitas e Poiésis (Rio de Janeiro, BRA). Nos últimos anos, ganhou vários prêmios em feiras e salões, e foi nomeado duas vezes para o prêmio de arte brasileiro PIPA, bem como para o Programa de Bolsas e Comissões da Fundação de Arte Cisneros Fontanals (Miami, EUA). Participou de diversas residências internacionais, notadamente no Lugar a Dudas (Cali, COL), na Fonderie Darling (Montreal, CAN), na Cité Internationale des Arts (Paris, FRA) e na Terra Foundation (Giverny, FRA). Foi também professor na Escola de Artes Visuais no Parque Lage (Rio de Janeiro, BRA) e coordenou o programa de Histórias da Arte Moderna e Contemporânea no Museu de Arte de São Paulo (São Paulo, BRA), de 2017 a 2021. 

Paulo Chavonga | Artista nascido em Benguela, Angola, vive atualmente em São Paulo, e tem apresentado um olhar atento para a vida e seus espaços. Começou com sua produção artística em grupos de estudos comunitários entre artistas. Em 2015, já residente da cidade de Luanda, ingressou na União Nacional de Artistas Plásticos (UNAP) e no mesmo ano teve a sua primeira individual, a exposição "Passos de Um Artista", na Mediateca de Benguela. A partir de 2017, o artista emigrou para o Brasil, vivendo na cidade de São Paulo. Em 2020, foi selecionado para a "Bienal Naifs do Brasil", realizada no Sesc Piracicaba, com curadoria de Renata Felinto e Ana Avelar. Em 2021 participou da residência artística do Museu da Imigração do Estado de São Paulo, finalizada com a mostra "Rostos invisíveis da imigração no Brasil". Em 2022 foi um dos selecionados para o 32° Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, com o projeto "Áfrikas: Olhares descoloniais". E em 2023, apresentou a exposição "Onde o arco-íris se esconde" no Museu da Imigração, reforçando as conexões entre trajetórias de imigrantes africanos, a experiência cotidiana em outro país e o universo da representatividade artística. 

+ Informações:

Data: 3 de dezembro de 2024
Horário: 19h às 20h
Local: Youtube (ACESSE O LINK CLICANDO AQUI)